segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
A mesma e você
1Posted on 10:31 by Cássia
Sei que agora você está feliz “demais” para poder me ouvir. São muitos os erros, mas eu queria saber onde estão teus olhos para revelar-te um segredo. Ela não é Ela. Você não é Você... uma prova? O “demais” que você quase nem fala, não é “demais por amor dela”. Ela não é Ela. O “demais do seu amor” tem um olho branco e outro vermelho, assim como o amor dela. Mas enquanto o “demais do seu amor” tem o olho direito branco e o esquerdo vermelho, o amor dela tem o olho direito vermelho e o esquerdo branco. Por isso, qualquer argumento que você usar é “demais” ao se chocar até com o último obstáculo pensado em anular qualquer teoria que você fale, deseje, pense, chore ou ria. Apesar da extraordinária coincidências que se mostram como provas definitivas, você e Ela não são os mesmos... É “demais” você pensar que Ela é Ela, e é “demais” Ela pensar que você é você. É bem possível que você pense que Ela é Ela por lembrar de quando Ela pediu para que você colocasse sua maleta no bagageiro e que Ela pense que você é você quando Ela lhe deu permissão para fumar...Veja só, eu (a mesma), não tenho interesse em fazer confusão, eu não sei de nada...Quem é você, quem é Ela? Nem preciso saber se realmente não sei o “meu”lugar, se tudo que “não” aconteceu entre nós, deixo agora como está, vivo como antes,tratando de me perder mais. Você não pode me ouvir...Mas eu ouço você...tudo é subjetivo... É minha concepção do mundo...Meu sonho. A mesma que era a mesma, dentro de exatamente um quarto(das minhas horas) e seu exibido “demais” relógio inglês, era a mesma, quando mesma, tão Eu bebi tua água inglesa explicando sentimentos inexplicáveis sem pudores britânicos, era a mesma, tão pequena ponteira dentro do espelho do teu relógio, a recitar-lhe nos arredores seus poemas sem pressa,uma Lerette num verdadeiro quarto de horas cartesiano.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
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1Posted on 15:29 by Cássia
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Inscrição
1Posted on 03:38 by Cássia
Tudo devidamente cadastrado, porque dizem e me ensinaram “é anti-científico confiar na memória”.Daí a importância do “cadastro”, é um referencial (percepto , imagem, memória),e separado em fichas: miologia, osteologia e toda a “gia” com gabaritos: unhas, cabelos, pescoço, lóbulo...Engraçado, as vezes um lóbulo é tão essencial ou é todo um referencial da orelha...Mas ali, diante dos meus olhos(um mundo que só eu enxergo) uma rara voz, avulsa, mais corda vocal do que peito, pediu-me a caneta com a mão rosada na palma, no dorso mulato, no rosto um idoso com espírito de doador da medula óssea, pretendendo preencher o “cadastro”... Explicado que não poderia (devido a idade), a expressão triste tomou-lhe a face, despediu-se e enrolou os documentos que estavam em suas mãos num maçinho da carteira; lento seu braço fez um ângulo para abrir o guarda-chuva...Sem cadastro, sem idade, sem preconceitos ou títulos, sem querer deixar impressão falou uma regra luminosa”Te logo, fiquem com Deus”. Dentre as semelhanças e diferenças, pensei nele a caminhar com sua boina na chuva fina que descia do céu e como sua altura se igualava as sombrinhas por todos os lados . Ele tentou aumentar em mais “UM” o Registro Nacional de Doadores no Brasil, que é o segundo em numero absoluto de transplantes de órgãos e tecidos do mundo, não se importando com tempo nenhum (idade ou meteorologia). Faltou-lhe algum detalhe a mais na informação sobre a boa vontade de ser um voluntário, mesmo assim já é excelente, depois que a CPI do tráfico de órgãos deu transparência quanto aos hospitais que fazem o transplante, quanto aos laboratórios autorizados para exames e relação das pessoas que já morreram e as que aguardam a busca pela medula, e quanto a possibilidade de ser um doador declarado em condições aptas por morte cerebral ou corporal, a lei dá respaldo e fica esclarecido: O transplante só poderá ser efetuado se a família concordar. Ser um doador é acreditar em vida na vida...