sábado, 16 de abril de 2011
Hoje só acredito no pulsar das minhas veias...
4Posted on 13:01 by Cássia
sexta-feira, 8 de abril de 2011
Oh linda Olívia...
1Posted on 12:43 by Cássia
Por que só Olívia foi absolvida e ninguém mais? Ela sabe que todos fazem essa pergunta, quando atravessa as ruas, quando alcança o corredor onde agrupam pessoas para pegar ônibus, nas praças, nos parques. Esconde quando alguem levanta as mãos para ela e o rosto fica rúbro como se sua fotografia estivesse em cartaz. Queima com o sol de forma incandescente e arde sem necessidade de desaparecimento.
Aparecida./ Um encantamento: Eu sei porque.
Olívia./ Uma litamia: Eu sei porque.
Ela não sabe porque de mim. Não entende mas seu cérebro reencena para todos, horas de julgamento, depoimentos e testemunhas. Ela sabe de culpas e de inocência e de culpas tão quanto dos outros, dela, dos filhos quanto a ela.
Ela é uma estranha, e no entanto uma Cinelândia de fatos íntimos junto demais a ela. Uma imagem de Sol, um parque infantil, uma Mirassolândia, mãe de semanas e meses e devida inteira sem repartição.
Deus, nesta argumentação equilibrada e racional à todos os advogados de defesa, em nome da boa causa daqueles filhos de olhar fundo e chispante.
Agora só Aparecida cujo "ainda o olhar" dela não conseguiram ver direito.
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Dia Mundial da Saúde.
0Posted on 12:20 by Cássia
Reza a sabedoria popular que para defendermos algo, precisamos amá-lo e para amá-lo precisamos conhecê-lo. Conhecer é poder esclarecer com prevenção e comunicação, não "de/para" e sim "com/entre" vínculo essencial de quem "olha e ve". Quando não existe estes ritos o melhor ainda é correr atrás do prejuízo. Um exemplo de acompanhamento e detecção de doenças congênitas, neurológicas e possíveis tipos de câncer com profissionais de saúde da UFRJ e ANVISA e outras dispensando cuidados intensos às famílias contaminadas pela fábrica de pesticida do Ministério da Saúde dos anos 80. Após o abandono da fábrica não foram retiradas as substâncias tóxicas como o Pó-de-Broca (BHC) que ficou no local e acabou sendo usada pela população nos fins agrícolas e até em pavimentação asfálticas de ruas e vendidas nas feiras do RJ agravando a super dosagem dos pesticidas no organismo. Níveis elevadíssimos acompanham até hoje mais de 1400 famílias "a contaminação vem do ambiente e pessoas contaminadas não contaminam outras pessoas", esclarece os profissionais que atuam na assistencia dessas famílias. Há profissionais que "olham" as pessoas, mas não as vêem; outras nem sequer olham.
Diálogo é ouvir, vínculo essencial com o outro, acesso a um tratamento de forma segura e eficaz.
quarta-feira, 6 de abril de 2011
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Mentir e não contar segredos.
0Posted on 11:58 by Cássia
O que assusta é quando essas pessoas não acordam em lençóis limpos e alvos do fundo do próprio cérebro... Nada satisfaz e nada já é tão essencial. Não acordam de chofre e todos os lugares são remoídos, dispersos e gorgolejantemente mente as palavras que se misturam como óleo gartanta fora.
Contar a verdade, viver dentro da realidade é comum demais e as convenceriam de que a realidade é desnorteante. Sempre inventa um diálogo interessante que vão buscar até na ficção e mesmo assim não acordam ali. Estilo próprio vive em pesado sonho numa linguagem que não é evento na sequencia de nossas vidas. Apenas uma pausa... Eu segui nuns tropeções até o lago onde lavo meu rosto e minhas mãos todos os dias... Seria melhor eu não saber "qual era mesmo a pergunta?" "quem foi que a fez?"
Mas nada...
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Graça
1Posted on 12:04 by Cássia
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
sábado, 15 de janeiro de 2011
Meus versos de estimação
2Posted on 06:18 by Cássia
Entro por portas travessas, apetrechada por poucas palavras, não ligadas. Soltas, como em banho quente quando acontecem coisas molhadas e nem tão exatas. Condene-me, não importa, um naviforme oblongo absorver-me-á. Curto o que tenho... Há um pouco de tudo entre abarcamentos, surtos até comas, por que... Vivo, perto, num quase ali, ao dobrar da esquina da avenida “Las Missiones”.
Infiltro-me lenta por entre as destruições dos cantos sem o palor que vem dos segredos longíquos, até mesmo aqueles: vermelho, cravo, interior do fogo, onde meus dentes brilham.
Engastada nas tuas palmas, toda poesia é um estado da alma, aqui e lá nas encostas mais altas onde amo de forma diferente o azul da tua sunga: eu preparei a tinta e a misturei em mim... Por este mundo que não acaba, embora nos olha passar na pirambeira cheia de ondas, deambulando quase sempre pelo “oito” esperando sempre o momento dos “oitenta”...É parecido com a brincadeira de Xangô quando troveja, deixa nos lábios sumarentos água doce das festas esponsais e prazer em águas cheias onde nossos corpos se engatam com odor de salitre e colônia...Meu Capitão das Águas, te vejo claro “à sombra de uma azinheira”, tens o sabor das marés, inda que pouco sei de pétalas e águas, apenas “Guardei um cravo pra ti”...Designado para que dure...
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Noite sem conversa e uma chuva absurda caindo do céu...
0Posted on 18:59 by Cássia
Chorar é delicado, ou... Não. Também não é bonito, mas faz parte da vida, faz parte do mundo...Qual é o mundo do choro? Ser forte e compreender que ele nos tenta a atirar-nos prá longe, com seu simples toque. Agora, ele está aqui, face a face comigo, colado ao meu corpo, tenso por cada músculo estirado feito pano desbotado e puído. Ele se ajeita em mim, ajeita minha cabeça e parece tentar me equilibrar dentro de um soluço, diante de alguma coisa que não consigo ver. Emoldura-me num mundo como se ele-espelho para mirar-me. As avessas tropeço no seu “nunca mais!” que dói-me tanto quanto um nunca mais...Confortavelmente no meu rosto comprido, fino e melancólico...um rosto de mulher comum te vejo “distante”, como no primeiro dia. Um Hábito emoldura meus contornos, é o choro de um único movimento... Escorre cansado, babando buscas e gemidos altos. Sei da minha fragilidade, é do tamanho de todos os espaços. Mas sei também que divido com o choro, a verdade que se reparte em tudo... que é tanto. Assim tenho “você minha verdade inteira” e a nudez maior dentro das minhas perguntas mudas.
sábado, 8 de janeiro de 2011
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Depoimento
0Posted on 15:27 by Cássia
Sem me sentir inibida te pergunto:
“É assim flor? é?”
E como se pensasse que pudesse te ensinar distendo meus braços, te falo:
“Flor é assim, olha!”
Fico a riscar com os pés um círculo ao redor do teu corpo e ante seu olhar, zaranzo o meu tão assinado trato no seu lábio lavado.
Cerco a roda com pétalas longas e curtas, revezada te sussurro deitada entre elas:
“Olha a compridez do cabo que eu faço!”
Risco meu sorriso no ar e acalco meus olhos nos teus, sem piscar,ardem. Simetrizo falha, defeitos e vícios, em nós entrochado...
“Assim, Bonita assim, me olha!”
Como se escorrendo salivas poéticas de duas folhas largueironas, penso preencher o vazio de tuas mãos. Enfio-as absorta no ar, insisto uma riscagem descontinua...
“Faz um traço aqui”; “Romântico é deixar ramos para aportagem e talos imersos n’água para germinar”...Volteio como se fosse possível passar para outra esfera e encavalhada nos chumaços das tuas rilhaduras ouso meu último acromo sem razão... Choruda, amolento meu olhar e enfio pela minha boca feito folha de amoreira, o foi e o que será, quase vejo lírios nas folhas amarelas dos velhos poetas e ouço girando no ar de machado, um surdo metal da voz...
“Poda!”
Posted on 08:30 by Cássia