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terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Noite sem conversa e uma chuva absurda caindo do céu...

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Se eu apertar com bastante força meus lábios, conterei meu choro. Sem ar, tiro-me o fôlego...mas não morrerei.
Chorar é delicado, ou... Não. Também não é bonito, mas faz parte da vida, faz parte do mundo...Qual é o mundo do choro? Ser forte e compreender que ele nos tenta a atirar-nos prá longe, com seu simples toque. Agora, ele está aqui, face a face comigo, colado ao meu corpo, tenso por cada músculo estirado feito pano desbotado e puído. Ele se ajeita em mim, ajeita minha cabeça e parece tentar me equilibrar dentro de um soluço, diante de alguma coisa que não consigo ver. Emoldura-me num mundo como se ele-espelho para mirar-me. As avessas tropeço no seu “nunca mais!” que dói-me tanto quanto um nunca mais...Confortavelmente no meu rosto comprido, fino e melancólico...um rosto de mulher comum te vejo “distante”, como no primeiro dia. Um Hábito emoldura meus contornos, é o choro de um único movimento... Escorre cansado, babando buscas e gemidos altos. Sei da minha fragilidade, é do tamanho de todos os espaços. Mas sei também que divido com o choro, a verdade que se reparte em tudo... que é tanto. Assim tenho “você minha verdade inteira” e a nudez maior dentro das minhas perguntas mudas.

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