
Não fui uma mulher de quarenta anos a vida toda e descalça pareço ainda mais baixa do que imagina. Por cima do seu ombro, o seu rosto, visto pelo canto dos meus olhos, paralisa o olho inteiro... Teus olhos... Teus olhos! Mas não há nada com seus olhos nem com o azul das tuas pálpebras. Há, sim, eu, inquieta pelos reflexos incapaz de traduzir os acontecimentos entre uma luz e um silêncio, o complô do teu rosto antigo e o teu ponto de vista testa acima. Nada me aparta! Muda, invento um diálogo de amor adicional inexplicável, impaciente e mortal, como se eu soubesse que me reconhecesse e me avaliasse a minha existência à realidade dos teus olhos...