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segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Livre sois...

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O calendário de ontem foi uma burla. Quase me enganou... Deu-me uma guinada para um lado, na direção d' água... Tirei as sandálias para pisar na areia. Ouvi dizer que a maresia estraga o calçado, prá mim, encerra a história passo a passo na areia, difuso pelo emalado d’ água, uma coberta velha que amarra pelas ondas as traias de cada passagem... O largo do lugar traduzia meu adivinhar no avesso do céu e reparei onda pós onda, uma ilusão subserviente, uma dita calcária passível a transformações... “Se houvesse tempo para dizer-te...Voltar...Virar, partir...Regresso” ...Levei tempo olhando as água vivas afoitas esbarrando-se em minha pele irreal, que não chegaram a conter idéias que queimaram meu corpo arrastando-o a distancias de mim, observando-me, tão alheia como se fosse outra pessoa...Como o amor do outro”eu” fosse o único amor que significava alguma coisa prá mim,pior, sem tempo de ver a ti, igual pontos de vista que não combinam. Noites e noites dormi em faixas ilusórias,com avulsas gotinhas salgadas tornando-se avalanches nos meus olhos que, pesaram, senti calor e arrepios, as pálpebras desceram. Fui aos poucos me ausentando dali, mergulhei num 30 de fevereiro encantada com a beleza do Barco Argos, dei vida própria ás pedras de algumas galáxias entre-meus-dias. Sem pasmos nas beiras e sem “piração” de equilíbrio sai por léguas cheia de frações das minhas razões e dos meus devaneios, nem assustei com quais partes me subvertiam... Mas, prá que? Se a água mal dava para uma pessoa se afogar...

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